domingo, 12 de junho de 2011

Comunicação no dia-a-dia

Um relacionamento pode funcionar à base de adivinhações?

Comunicação no dia-a-dia
Assim como nunca saberíamos como Deus é se ele não tivesse escolhido comunicar-se mediante o seu Espírito, não podemos conhecer um ao outro sem nos comunicar. Não, seu marido não pode ler a sua mente, como você bem sabe. Se quiser que ele seja sensível aos seus sentimentos, deve dizer a ele como está se sentindo. Se quiser que sua mulher se interesse pelo que está acontecendo em seu mundo, deve permitir que ela entre nele.

Um ato que depende da vontade
A comunicação é um ato que depende da vontade. Nós nos comunicamos ou não por um ato deliberado. Não podemos dizer com sinceridade: "Esta é a minha personalidade. Não sou um grande comunicador". Contudo, de fato, alguns de nós possuímos o que poderia ser chamado de "personalidade do Mar Morto". É possível que tenhamos muitos pensamentos, sentimentos e experiências, mas ficamos perfeitamente satisfeitos em não expressá-los a ninguém. Outros têm a personalidade do "Riacho Tagarela": tudo que entra na mente sai pela boca e, geralmente, não há um intervalo de sessenta segundos entre as duas coisas.

A pessoa com personalidade do "Mar Morto" terá maior dificuldade para se expressar do que a do "Riacho Tagarela". De outro ângulo, o "Riacho Tagarela" tem o problema igualmente difícil de aprender a ouvir.

Nossa personalidade pode ser um recurso ou uma deficiência na comunicação, mas nunca nos obriga a nada. Eu escolho compartilhar meu coração ou manter a porta fechada. Não posso culpar minha personalidade, a reação de meu cônjuge ou qualquer outra coisa por isso. A união conjugal não pode alcançar seu ápice, a não ser que ambos os parceiros decidam comunicar-se.

Além do "tudo bem"
Quando temos problemas em nos comunicar de maneira intensa com nossos cônjuges, é mais fácil começar falando dos eventos diários de nossas vidas e depois passar aos níveis mais profundos da comunicação. Quem é pai ou mãe já teve a experiência de ver os filhos voltarem para casa depois de algum evento ou viagem e responderem "tudo bem" à pergunta "como foi?" (algumas vezes, a resposta deles é: "Ah, sei lá"). É muito comum esperar até que eles finalmente decidam nos contar como foi de verdade. Ou fazemos perguntas gentis com a intenção de extrair mais do que respostas monossilábicas.

Como fazer isso no casamento se não tivermos facilidade de nos comunicar? Minha sugestão aos jovens casais e a outros que tenham problemas com esse nível de comunicação é abrir o jogo e, durante algumas semanas, falar sobre tudo em detalhes. "Olhe, querida, entrei no carro e fui até o semáforo, virei à esquerda e segui em frente. Quando cheguei ao escritório, pendurei o casaco no cabide atrás da porta..." É claro que estou exagerando, mas você entendeu. Relate em detalhes o que está acontecendo em sua vida. Depois de algum tempo, terá condições de só mencionar os fatos mais importantes do dia.

Mais importante ainda, você pode começar a expressar seus sentimentos além de falar simplesmente sobre o que aconteceu. O processo de compartilhar desse modo produzirá em seu cônjuge uma sensação renovada de unidade. Ele, ou ela, começará a sentir-se parte do que você está fazendo.


Autor: Gary Chapman (Excertos extraídos de "O casamento que você sempre quis")
Fonte: Editora Mundo Cristão

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