segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Purificado vs Pornificado

Em 2004 Albert Mohler fez uma palestra para os estudantes do sexo masculino do Boyce College, intitulado "A Sedução da Pornografia e a Integridade do Matrimônio Cristão" - disponível em texto ou em áudio (em inglês).

Segue um trecho onde ele fala sobre dois quadros para a sexualidade masculina:

O primeiro quadro é de um homem que se comprometeu com a pureza sexual e está vivendo em integridade sexual com sua esposa. Para agir de acordo com as legítimas expectativas da sua esposa e maximizar o prazer mútuo deles no leito conjugal, ele tem o cuidado de viver, falar, conduzir, e amar de um modo tal que faz com que sua esposa encontre a realização dela entregando-se a ele em amor. O ato sexual então torna-se um preenchimento de todo o relacionamento deles, não um ato físico isolado que é meramente incidental ao amor um pelo outro. Nenhum deles usa o sexo como meio de manipulação, nem focaliza desordenadamente no prazer pessoal egocêntrico e ambos se dão a um ao outro em contumaz e desimpedida paixão sexual. Neste quadro, não há nenhuma vergonha. Diante de Deus, este homem pode estar confiante de que está cumprindo suas responsabilidades como varão e como homem. Ele está dirigindo a sua sexualidade, seu impulso sexual, e sua materialização física para o relacionamento uma-só-carne que é o paradigma perfeito da intenção de Deus na criação.

"O ato sexual então torna-se um preenchimento de todo o relacionamento deles, não um ato físico isolado que é meramente incidental ao amor um pelo outro."

Mohler nos pede então que consideremos o quadro do outro homem:

Este homem vive só, ou pelo menos em um contexto diferente do santo matrimônio. Dirigido para dentro em vez de para fora, seu impulso sexual tornou-se uma máquina de luxúria e autogratificação. Pornografia é a essência do seu interesse e estimulação sexual. Em vez de encontrar satisfação em sua esposa, ele olha para fotografias obscenas para ser recompensado com excitação sexual que vem sem responsabilidades, expectativas ou exigências. Colocada diante dele há uma variedade aparentemente infinita de mulheres nuas, imagens sexuais de carnalidade explícita, e uma profusão de perversões concebidas para seduzir a imaginação e corromper a alma.

Este homem não precisa se preocupar com a sua aparência física, sua higiene pessoal ou o seu caráter moral aos olhos de uma esposa. Sem essa estrutura de responsabilidade, ele está livre para buscar o seu prazer sexual sem considerar seu rosto não barbeado, sua indolência, seu mau hálito, seu odor corporal e sua aparência física. Ele não enfrenta nenhuma exigência de respeitabilidade pessoal e não há olhos observando-o para avaliar a seriedade e o valor do seu desejo sexual. Em vez disso, seus olhos vagam pelas imagens de rostos que não piscam, olhando de soslaio para mulheres que não lhe exigem nada, que nunca retrucam e que jamais podem dizer "não". Não há troca de respeito, nenhuma troca de amor, e nada além do uso de mulheres como objetos sexuais para seu o prazer sexual individual e invertido.

"Em vez de encontrar satisfação em sua esposa, ele olha para fotografias obscenas para ser recompensado com excitação sexual que vem sem responsabilidades, expectativas ou exigências."

Por conseqüência lógica, ele alcança satisfação sexual à custa de mulheres que foram usadas e abusadas como mercadorias e objetos sexuais. Ele pode imaginar um ato sexual enquanto atinge seu prazer físico, mas ele quase certamente não imagina o que significaria ser responsável por esta mulher como marido e estar comprometido com ela como companheiro. Ele pode sentar-se vestido com sua roupa de baixo imunda, arrotando as sobras da pizza da noite anterior e ocupando-se com um padrão de satisfação sexual maneta enquanto "navega na rede" e perde a sua alma.

Eis o ponto:

Estes dois quadros da sexualidade masculina foram deliberadamente concebidos para inculcar que todo homem tem que decidir quem ele será, a quem ele servirá, e como ele amará. No fim, a decisão de um homem sobre a pornografia é uma decisão sobre a sua alma, sobre o seu casamento, sobre a sua esposa e uma decisão sobre Deus.

Pornografia é uma difamação contra a bondade da criação de Deus e uma corrupção deste bom presente que Deus deu às Suas criaturas a partir do seu próprio amor abnegado. Abusar deste presente é debilitar, não só a instituição do matrimônio, mas a própria essência da civilização. Escolher a luxúria em vez do amor é degradar a humanidade e adorar o falso deus Priapus na forma mais descarada de idolatria moderna.

Albert Mohler (compilação de Justin Taylor)
Tradução: Juliano Heyse
Site: Bom Caminho

domingo, 19 de dezembro de 2010

6 Anos de Casamento

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio." - Hebreus 13.4a


Dia 17 de dezembro é um dia de festa! Nesta data comemoramos 6 anos de casamento e 7 anos de convivência.

Sempre olhamos para nossa história e verificamos o que mudou em nossa vida, vemos nossas conquistas, sonhos realizados e até as derrotas, e percebemos o quanto Deus tem nos abençoado e nos sustentado com sua graça e misericórdia.

O mês de dezembro, ao longo destes anos, tem sido de bençãos, senão vejamos: começamos a namorar em dezembro, casamos em dezembro, descobrimos a gravidez do 2o. filho em dezembro, compramos nosso primeiro e segundo carro também em dezembro.

Nossa comemoração foi muito agradável, voltamos ao lugar onde tudo começou (Centro Dragão do Mar) e foi regada a cappuccino e waffles, sem falar que fomos agraciados com a Orquestra do Piamarta tocando clássicas e belas canções somente pra nós.

Contrariando o que algumas pessoas gostam de falar, não passamos por crise neste 7o. ano de convívio, pelo contrário, Deus tem colocado em nossos corações o desejo de estarmos juntos, sendo submissos, amando e respeitando um ao outro e crescendo juntos diante do Senhor. Sem falar da benção que é ter dois filhos lindos, educados, inteligentes e saudáveis, um verdadeiro tesouro que o Senhor colocou sob nossa responsabilidade.

Damos graças a Deus por todas estas bençãos, pois sabemos que sem Ele nada teríamos e nada seríamos.

A Deus toda honra, toda glória e louvor.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Deus Forte

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” - Isaías 9.6

O profeta Isaías afirma que: o povo que andava em trevas viu grande luz. Depois nos apresenta o motivo dessa transformação magnífica de trevas para luz, a profecia do menino, verdadeiro homem, do menino, verdadeiro Deus. A profecia messiânica, a qual exalta sobremaneira a Cristo, tão grandioso que é precisa usar quatro nomes compostos para descrevê-lo.

Cristo é Deus Forte. Verdadeiramente Deus, pois compartilha da sua essência, da sua glória. Era o verbo, estava com Deus, era Deus, se fez carne e habitou entre nós, como bem disse João no seu evangelho. Além de Maravilhoso Conselheiro, precisa ser Deus Forte, condição essencial para um rei exercer seu mandato, ser sábio e poderoso.

Cristo é Deus Forte na sua concepção. A concepção de Cristo é um ato que nos apresenta o grande poder de Cristo, pois Deus não recorre a nenhum método humano de concepção. Maria é grandiosamente envolvida pelo Espírito Santo e Cristo é concebido.

Cristo é Deus Forte na sua infância. O anúncio da gravidez de Maria traz alegria para aqueles que têm contato com ela e com o menino. Após 400 anos de silêncio, Deus encarna, o menino nasce e o sagrado está entre nós, o Deus Forte está conosco. O louvor volta aos lábios de Maria, Zacarias, Anjos e Simeão, que ao tomar o Salvador nos braços, sente o poder do Deus Forte e exclama: “pode me levar para junto de ti, Senhor, pois os meus olhos viram a tua salvação”.

Cristo é Deus Forte nos milagres. Cura de forma contundente e eficaz aquela mulher, que, havia doze anos, sofria de uma hemorragia. Ao tocar as vestes do Deus Forte, e saindo Dele poder, ela foi curada sem demora. Cura o homem no tanque de Betesda, que há trinta e oito anos sofria com a paralisia, e escuta a ordem do Deus Forte: “Levanta-te, toma a tua cama e anda”.

Cristo é Deus Forte no calvário. Só um ser com extraordinário poder poderia suportar tantos sofrimentos, dores, enfermidades e pecados sobre si. O Deus Forte cumpre a sua missão de forma grandiosa, morrendo a nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida.

Cristo é Deus Forte na sua ressurreição. Três dias após sua morte, uma notícia vem de um lugar inusitado, do túmulo. A morte não conseguiu acorrentar o Deus Forte e ele, numa ação clara do seu excelso poder, vence a morte, vence o salário do pecado e outorga essa vitória aos seus servos e servas.

Cristo é Deus Forte na sua volta gloriosa. A sua voz poderosa irá comandar a ressurreição de todos os que morreram, comandará o grande julgamento e finalmente chamará docemente os benditos de seu pai: “vinde a mim, benditos de meu Pai”. Seremos testemunhas do poder inexorável do Deus Forte. O Natal vai além das nossas perspectivas, o Natal é o cumprimento cabal e definitivo da chegada do Menino, que também é Deus Forte.

Rev. Francisco Jonatan Soares
Pastor Auxiliar da 2a. Igreja Presbiteriana de Fortaleza

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O poder da língua

Escutei algumas coisas estes últimos dias que me deixaram triste e incomodado, por essa razão fui motivado a escrever utilizando o texto bíblico de Mateus 12.33-37, onde encontramos Jesus nos ensinando sobre a centralidade da comunicação.

"Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." - Mateus 12.33-37

Meu entendimento de centralidade é que nossa comunicação deve ser equilibrada, coerente, e que as palavras devem ser proferidas com cuidado, devido à importância eterna que as mesmas possuem.

Tenho escutado irmãos na fé falando asneiras, não medindo as consequências de suas palavras e provavelmente não se importando com o sofrimento que possam impingir aos outros.

Podemos perceber claramente no texto bíblico que nossas palavras tem poder, elas revelam nosso caráter - "a boca fala do que está cheio o coração" - e que as palavras produzem frutos. Qual tem sido seu fruto meu irmão? Você está no pomar do Senhor como a árvore boa que produz bons frutos? ou você tem sido a erva daninha que não produz nada que se aproveite?

Devemos estar sempre atentos, pois satanás apresenta muitas distrações que podem nos fazer distanciar da corrente de águas que é a palavra do Senhor, a qual deve ser nosso alimento dia e noite. Se nos distanciarmos da corrente de águas certamente murcharemos, porém se nos aproximarmos, nós cresceremos e daremos bons frutos.

Para finalizar devo lembrar que as palavras decidirão nosso destino, daremos conta no Dia do Juízo de toda palavra frívola, ou seja, toda palavra sem importância, sem valor, inútil, desnecessária que proferirmos.

Deus nos designou para realizarmos coisas por meio do uso sábio de nossas palavras, por essa razão não perca tempo em conversas de corredor sem importância, em críticas desnecessárias que não edificam e em fofocas inúteis. Se você exerce liderança na Casa do Senhor, você é duplamente responsável, como cristão e como líder.

Deus soberano e misericordioso, tem piedade de nós, pois somos pecadores, precisamos do Teu amor e da Tua graça. Nos dá o Teu sustento Senhor, para que possamos continuar nos teus caminhos, e aviva em nós o desejo de Te servir como Tu merece. Precisamos do Teu perdão, Justo Deus, e suplicamos por Tuas bençãos, no nome santo de Jesus, Amém.

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." - Provérbios 18.21